Osteopatia Pediátrica: um cuidado que vai além
- Guilherme Amorim Ubiali
- 29 de jul.
- 2 min de leitura
Por Dra. Maristela Brandieri – Fisioterapeuta Osteopata, Mestre em Terapia Manual
A chegada de um bebê muda tudo. É uma explosão de amor, mas também um turbilhão de emoções, dúvidas e, muitas vezes, inseguranças. Cada choro, cada movimento, cada comportamento diferente é observado com atenção. E quando algo parece fora do esperado — como cólicas intensas, refluxo, dificuldade para mamar ou uma preferência postural — o coração de mãe sente que precisa fazer algo.
É nesse momento que muitas famílias conhecem a osteopatia pediátrica.
A osteopatia é uma abordagem delicada, respeitosa e focada no equilíbrio do corpo. Ela entende o bebê como um todo: não apenas os sintomas, mas as causas por trás deles. Com toques suaves, o osteopata ajuda o corpo do bebê a liberar tensões, melhorar a mobilidade e restabelecer a harmonia que pode ter sido alterada durante a gestação, o parto ou nos primeiros meses de vida.
Na prática, isso significa que a osteopatia pode ajudar em situações muito comuns: bebês que choram muito, que têm dificuldade para dormir, que sofrem com cólicas, refluxo, gases ou que parecem estar sempre “duros” ou “tensos”. Também é eficaz em casos de assimetrias na cabecinha, torcicolo congênito, atrasos motores leves e até dificuldades na amamentação.
É importante dizer: não há dor envolvida. O toque osteopático é sutil e a sessão acontece em ambiente calmo, com o bebê no colo dos pais ou deitado com conforto e segurança.
Mais do que tratar, a osteopatia promove bem-estar. Ela respeita o ritmo de cada bebê e atua para que o corpo funcione da melhor maneira possível. É um cuidado preventivo, acolhedor e, acima de tudo, baseado em amor e escuta.
Diversos estudos têm mostrado os benefícios dessa abordagem. Uma pesquisa publicada no Journal of Bodywork and Movement Therapies mostrou que a osteopatia pode reduzir o tempo de choro em bebês com cólicas e melhorar significativamente o sono e o comportamento geral (Hayden & Mullinger, 2006). E quem convive com um bebê mais calmo e confortável sabe o quanto isso impacta toda a família.
Se você está em dúvida, se sente que "algo está fora do lugar", mas não sabe exatamente o quê... escute seu coração. Ele geralmente está certo. E a osteopatia pode ser uma ferramenta valiosa para trazer conforto, leveza e saúde para o seu bebê — e para você também.
Referência leve para os pais interessados:
Hayden, C., & Mullinger, B. (2006). A preliminary assessment of the impact of cranial osteopathy for the relief of infantile colic. Journal of Bodywork and Movement Therapies, 10(4), 296–303.





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